quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dias Prateados II (Viagem)

Num dia prata,

Pegue em minhas mãos e me leve para o lugar mais alto, mais quieto e mais frio que puder encontrar.

Lá, em pé, sentiremos o vento açoitar nossos rostos, transformando-os em retratos gélidos de nós mesmos, sem o sorriso dos dias comuns.

E lá, bem no topo do mundo, esqueça um pouco de quem somos e onde estamos. O que buscamos ou o que perdemos. Esqueça das angústias e dos romances imperfeitos.

E fique assim, em silêncio. Deixe apenas o vento congelar o corpo inteiro para enfim se deixar aquecer, lentamente, apenas com o enlace de nossas almas, libertas.

Raquel Duarte

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