terça-feira, 24 de maio de 2011

Tempo

Ainda satirizo os relógios do mundo. 
Cada marca do tempo que tenho em mim, é de certa forma, orgulho.
Ainda sorrio do mesmo jeito.
E sei o quanto a entrega é perfeita, se for completa.
Assim, caminho.
Passos largos para despaginar essa história, de encontros e desencontros.
 Perdas e conquistas. 
Gritos e segredos. 
Sei tão pouco, mas ainda tenho comigo as mãos abertas, de quem acredita nas improbalidades.

Ócio

Saborear o nada.
Valorizar o sono.
Iluminar minha preguiça.
Desprogramar uma rotina repleta de tarefas.
Ouvir o próprio bocejo.
Não ir. Não ter que nada.
 Apagar a luz e fechar as janelas a qualquer hora do dia.
 Andar só com meias. 
Só comer quando tiver fome, só beber se tiver sede, só falar, se tiver som.
 E ter todo o tempo do mundo para só ser.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Adeus

Então tá. Me despeço dessas vertigens, desses sintomas, dos desejos insanos. Rasgo os novos pensamentos camuflando-os de velhas ideias. Esqueço do riso solto, de caminhos percorridos, medos ultrapassados.

Abato a vontade. Calo todas as queixas. Resumo esta história em uma única página de livro. Para ler, reler e assim, guardar apenas o sabor para arrancá-la de seu lugar.

Sempre soube que o pra sempre é talvez por hoje. Então, por que  não queria ir embora antes de mergulhar de novo neste mistério?

Sei que as respostas nunca virão. Se foram com o vento do percurso que me conduziam a você.

Então te deixo com estas lembranças poucas de um talvez que nunca se findará.