terça-feira, 9 de março de 2010

Veneno

Te aceitei como alguém que tem sede
e te ofertam vinho
Então me deixei embriagar
sem medo, recusa ou limites
Tomei cada gole
lentamente
Saboreando o líquido ruge
que tingia os lábios
e adormecia a língua
Enchi a taça de novo
E bebi ainda mais rápido
deixando cair gotas
que escorreram pelas sardas do meu colo
percorreram entre meus seios
penetraram a pele
rasgaram meu peito
e habitaram em mim
desde então
herdei esta sede
que não se finda
só multiplica
de querer você

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